A GM é uma das empresas mais compromissadas com a eletrificação de sua linha ao redor do mundo. No Brasil, já vende Bolt e Bolt EUV e, em 2024, ainda terá os novos Blazer e Equinox EV, estes feitos sobre a nova plataforma Ultium, totalmente dedicadas a veículos 100% elétricos.
Mas ainda existem diversos mitos sobre os carros elétricos. Durante o Electric Days Brasil, a empresa falou sobre esses mitos e explicou o lado certo sobre esse processo de eletrificação da frota. Marcos Paiva, Diretor geral de qualidade e excelência operacional na América do Sul, mostrou desde o quanto o custo operacional de um elétrico é mais baixo até a capacidade de produção de energia para este tipo de veículo.
A região é o 5º maior mercado automotivo do mundo. Para a Chevrolet, o Brasil sozinho é o segundo maior. Há uma capacidade produtiva de 5 milhões de veículos na região, além de engenharia e mão de obra qualificada. Além disso, 20% do PIB industrial brasileiro é do setor automotivo.
Na região, há muita matéria-prima utilizada em carros elétricos. É uma oportunidade de ganhar destaque nessa transformação da mobilidade, não apenas como exportador de matéria-prima, mas também na produção dos componentes.
O nível de emissões de CO2 desde a produção até o fim do uso do veículo, considerando a matriz limpa do Brasil, é bem mais limpo no elétrico que em um veículo híbrido. Há as vantagens do flex diante do veículo a gasolina, principalmente pela grande frota rodante no país e a GM defende que, se fosse incentivado o uso do etanol nesses modelos, ajudaria ainda mais a redução da descarbonização com o que há nas ruas.
A GM afirma que, no futuro que o 100% elétrico será o que realmente terá maiores efeitos na descarbonização a nível global. No Brasil, são 85% da matriz energética limpa e há um estudo que prevê, para 2032, ultrapassará os 92% no país.
No Brasil, há energia excedente. É projetado um aumento de geração para os próximos anos para suprir o uso mesmo com os carros elétricos crescendo. A frota não impactará com o consumo na rede.
Eles serão conectados não só com usuários, mas com a casa e diversos sistemas de gerenciamento. Poderá escolher a melhor hora para a recarga com base no valor pelo horário e, em diversas situações, o veículo alimentará a casa ou voltar para a rede. Tecnologias e conectividade farão parte disso.
O Bolt tem cerca de 450 km de autonomia. Boa parte da população, segundo estudos, rodam entre 30 e 50 km por dia e permite usar uma carga por diversos dias, sem recarga. Em um país como o Brasil em termos de dimensões, um dos desafios dos carros elétricos, boa parte viaja cerca de 400 km com carro, ainda dentro da autonomia de uma boa parte dos modelos disponíveis no mercado.
O desenvolvimento de tecnologias de baterias e construção reduziram o custo de produção dos veículos elétricos. Há expectativa da redução ainda maior do valor por kW/h das baterias, chegando a US$ 86 em alguns anos. É um dos maiores custos do veículo elétrico, mas o combustão ainda ficará mais caro com as novas normas de emissões que chegam em pouco tempo. Ou seja, chegarão a valores similares entre combustão e elétricos nos próximos anos.
O custo de propriedade de um carro elétrico é menor no elétrico. Não há componentes de desgaste, como trocas de óleo e outros elementos, além do valor da energia vs. gasolina, além de IPVA e rodízio municipal em algumas regiões. Comparado a um modelo de preço e equipamentos similar, o Chevrolet Bolt chega a R$ 2.300 a menos no custo mensal nessa comparação levando em consideração o estado de São Paulo.
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